Nasceu no ano de 1979 em Guarapari, ES.
A artista capixaba viveu sua infância em Rio Calçado, interior do estado e atualmente mora e trabalha na capital, Vitória.
Sua infância e adolescência na roça trouxeram intimidade com as cores vibrantes, a luz e os elementos naturais, uma memória que se ressignifica diariamente no seu processo de criação.
Sua poética parte da liberdade gestual sentida no ato da pintura, onde não só os pincéis, mas também o corpo em movimento, fazem parte das suas criações. Suas obras pulsam de acordo com os ciclos internos, sejam nos momentos mais introspectivos e até sombrios, onde o abstrato se consolida, sejam em rompantes de vivacidade que invadem as pinceladas com figuras, cor e força.
Mesmo com esboços que conduzem o início de uma obra, permite-se mudá-los durante o percurso, que ora é rápido, como uma explosão de energia que precisa ser exposta e externada, e ora bem lento, que vai sendo moldado com cuidado e delicadeza, sem pressa ou necessidade de urgência.
Suas pinturas oferecem ao espectador uma percepção alternativa quando visto de cabeça para baixo ou de lado, onde, a depender da posição, características abstratas ganham formas mais reconhecidas.
Desde 2021, a artista autodidata ,tem estudado e aprimorado técnicas de pintura e participado de laboratórios de pesquisa na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, RJ e participa a mais de uma ano do acompanhamento artístico da Renata Egreja e Júlia Demeter.
As exposições mais relevantes que participou foram “Imersão no Gênero Feminino”, coletiva com 24 artistas de todo Brasil no MAUC – Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará em Fortaleza (janeiro a março/2022) e o Salão Vermelho de Artes Degeneradas, no Atelier Sanitário, Rio de Janeiro (maio a junho/2022).

“E tudo parece escorrer entre os dedos, derreter na palma das mãos. Quanto mais buscamos as certezas e perfeições, vira tudo do avesso, sem aviso, sem licença. De passagem ou pra fazer moradia. Mas não se agarre, deixa fluir.” Samira Pavesi